Rota das Laranjeiras

Rota das Laranjeiras

domingo, 30 de março de 2014

PR 13 - Na Senda do Paivô

PR 13 - Na Senda do Paivô (Arouca)

(obtidos na página oficial do Geoparque Arouca)

Coordenadas GPS
N 40.87863 º  -  W 8.13357º  (*)

PR 26 - PDAMI

Dados pessoais
Tempo usado - 4 Horas (inclui fotos, algumas pausas e muita conversa)
Nível de dificuldade - Fácil (**)
Necessidades - Como sempre calçado de qualidade
Sinalização - 4,5 em 5
As pessoas - Muito atenciosas, disponíveis, colaborantes e gostam de conversar
Notas - Vai ser um percurso para repetir
Onde comer - ver nota (***)

Aqueles que como eu já se "viciaram" nestas coisas dos percursos certamente compreenderão o porquê de arriscar uma caminhada neste ou noutro lugar com as condições meteorológicas iguais às do dia de hoje. Passei uma semana inteira a analisar as previsões e decidi arriscar, sabendo que teria de cumprir um horário rigoroso para terminar o percurso antes do período mais intenso de chuva. Falhei redondamente. Já é a segunda vez que me engano no caminho (nada fácil por sinal) para chegar a Regoufe. Daí que a ida de Regoufe a Paivô tivesse sido quase à hora a que deveria estar de regresso, o que resultou num regresso debaixo de chuva intensa. Nada que o material não tivesse conseguido suportar.
A sensação de leveza, tranquilidade e paz interior é de tal forma indescritível que só quem anda nisto poderá imaginar o que estou a dizer.
O percurso é de uma beleza sublime, pelo que voltarei com condições climatéricas diferentes a percorrer estes caminhos.
A sinalização é extremamente fácil de seguir porque bem definida, sendo os desdobráveis muito claros no restante. Existe uma falha no seu inicio por falta de um sinal de virar à direita que poderá ser conferido em nota que deixo nas respectivas fotos iniciais, de resto se encontrar algum residente facilmente terá também essa falha resolvida.
Pelo caminho poderá ficar intrigado com algumas pequenas construções em ruínas cravadas nos sítios mais incríveis da encosta. O que teria sido, e o porque de ser ali? De pesquisa que efectuei em Paivô junto da população tratava-se de pequenas casas de habitação, na generalidade habitadas por um casal, eventualmente filhos também, sendo que a Mulher trataria de toda a casa, incluindo pequenas obras, recolha de água no rio, agricultura, cuidado do gado, etc. O Homem passava o dia de sol a sol na recolha encosta fora de volfrâmio que posteriormente ia vender às minas. Trabalho fácil, não?
Um pouco antes de chegar a Paivô irá também encontrar à sua esquerda um aglomerado de ruínas que parecem ser um antigo núcleo da aldeia, isto pesa dimensão e aspecto dessas ruínas. Nada mais errado, tratava-se de currais de recolha de gado em tempos usados pelos residentes. Pelo que parece nesses tempos existia muito mais gado do que hoje e o seu comércio seria abundante.
As fotos são quase em exclusividade do percurso de ida uma vez que devido à chuva intensa não foi possível recolher quase nenhuma, não fosse o material ficar irremediavelmente danificado.
Algumas notas:
(*) - Coordenadas por mim recolhidas no local de inicio do percurso, portanto não testadas.
(**) - Pessoalmente considero este percurso fácil, no entanto sendo o trajecto de Covelo de Paivô para Regoufe (volta) tendencialmente ascendente, poderá para aqueles menos preparados poder ser moderado.
(***) - Existe um restaurante em Regoufe que não experimentei, mas tive oportunidade de conversar com a proprietária uma vez que foi uma das pessoas com quem me cruzei no caminho. Chama-se "O Mineiro" e só funciona com marcação prévia. Servem cabrito, cozido, vitela, rojões e cabidela, tudo caseiro (a senhora voltava de tratar o gado). O preço será algo do género de 20,00 € para duas pessoas, sem entradas, sendo que as entradas me parecem ficar por 5,00 €. Uma vez que não pedi autorização à Senhora não posso divulgar o contacto, no entanto algum interessado poderá contactar-me por mail.
Aqui ficam as fotos com algumas anotações de permeio.


 ATENÇÃO, a seguir à casa amarela ao fundo vire à direita, não tem sinalização
 pela rua que existe à direita deste edificio
 a cadela preta chama-se Luna, a outra varreu-se-me pelo caminho
 não é por aqui















































fotos tiradas em 30/03/2014

2 comentários:

  1. Olá Paulo! Este trilho é fantástico. Tivemos mais sorte com o tempo da vez que o experimentámos e também fomos enganámo-nos ainda em Regoufe quando deveríamos virar à direita! Conhecemos a D. Fátima ainda o restaurante não existia. Ela andava com o rebanho perto de Drave e já na altura ela começou a promover o futuro MINEIRO. Entretanto já experimentámos as delícias do restaurante e aconselhamos mesmo a provar quando tiver oportunidade de voltar!
    Um abraço.

    Carlos Freitas (Grupo de Caminheiros 'Trilhados dos Pés')

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    Respostas
    1. Bom dia Carlos. Fantástico mesmo, garantidamente que vou voltar. Da próxima vez com novo programa certamente, até porque ainda não consegui ir às minas. Não vai escapar o almoço no Mineiro também.
      Boas caminhadas,
      Abraço.

      P. Azevedo

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